Orientação metodológica para a Educação Musical
Segundo José Carlos Godinho, "o programa de Educação Musical, elaborado em espiral de conceitos, pressupõe etapas de aprendizagem abertas e inter-relacionadas. O desenvolvimento do pensamento musical dos alunos pretende-se evolutivo e simultaneamente cumulativo, criando-lhes oportunidades de experiências individuais e coletivas, bem como de apropriação criativa.
Assim, deverão ser trabalhadas três grandes áreas: composição, audição e interpretação.
Por COMPOSIÇÃO entende-se toda a forma de invenção musical, incluindo a IMPROVISAÇÃO, como uma maneira de compor não ligada à escrita. O que está em causa é a construção da obra musical através de processos de realação e seleção de sons, os quais envolvem intencionalidade. O seu valor educativo encontra-se muito mais no tipo de relação que o aluno assim estabelece com a música do que na suposta formação de compositores, com a carga geralmente atribuída a este termo.
Por AUDIÇÃO, pretende-se significar a escuta musical ativa e participante, sendo a compreensão estética uma parte integrante dessa experiência. Envolve um significado extrínseco, que se relaciona com os diferentes parâmetros do som, os elementos da música e a capacidade de os analisar, e um significado intrínseco, que apela para as respostas emotivas e estéticas.
A INTERPRETAÇÃO representa a execução de qualquer obra musical, num processo interativo, em que a escuta de si e do outro é um elemento fundamental.
Para que o envolvimento nestas três áreas cresça e atinja níveis significativos, tem necessariamente de ser acompanhado pelo desenvolvimento de competências musicais, nomeadamente da memória auditiva, da motricidade e dos processos de notação musical".
Falarei destas competências no próximo post.
In Godinho, José Carlos. Educação Musical 5.º Ano. Guia de Recursos do Professor.Santillana Constância 2013.
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